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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

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Tirinha sobre Down


A pior síndrome é a do preconceito

Down dificilmente tem câncer

Você sabia? Pessoas com síndrome de Down raramente contraem a maioria dos tipos de câncer. Cientistas americanos descobriram o motivo.

A síndrome de Down é a causa genética mais comum de retardamento mental, e ocorre em cada 1 de 700 bebês que nascem vivos.

Um estudo descobriu que os portadores dessa síndrome têm cópias extras de um gene que ajuda a impedir os tumores de se autoalimentarem.

Essa descoberta pode levar a novos tratamentos contra o câncer, segundo artigo publicado na revista Nature.

A teoria ligando o câncer à síndrome de Down foi muito estudada pelo professor de Harvard Judah Folkman, que morreu em 2008 e cujo nome consta no estudo. Ele desenvolveu teorias sobre como as células cancerígenas desenvolvem vasos sanguíneos para se nutrirem, num processo chamado angiogênese.

Ele também notou que o câncer é raro entre portadores de Down, exceto a leucemia. Um estudo com 18 mil pessoas com síndrome de Down apontou uma incidência de câncer de apenas 10 por cento do previsto na população geral.

Pesquisadores de várias universidades, inclusive a Harvard, usaram um novo tipo de células-tronco semelhante à embrionária, chamada célula-tronco pluripotente induzida (iPS), que é obtida da pele e pode ser induzida a agir como células-tronco, os "manuais de instrução" capazes de gerar qualquer tecido do organismo.

Uma célula obtida da pele, chamada célula-tronco pluripotente induzida (iPS), que é um novo típo de célula-tronco semelhante à embrionária, foi usada por pesquisadores de várias universidade, incluindo Harvard. Células desse tipo podem ser induzidas a agirem como células-tronco, os "manuais de instrução" capazes de gerar qualquer tecido do organismo.

A partir de células iPS obtidas de um voluntário com a síndrome de Down e ratos geneticamente alterados para desenvolverem uma versão da síndrome, os pesquisadores localizaram um gene que protege contra tumores.

A síndrome de Down se caracteriza pela presença de três cópias do cromossomo 21, em vez de duas cópias, como nas demais pessoas. Isso lhes dá versões extras de 231 genes diferentes.

Um desses genes, chamado DSCR1 (ou RCAN1) codifica uma proteína que suprime o fator de crescimento endotelial vascular, um composto necessário para a angiogênese.

This finding raises several important questions about the roles of other chromosome 21 genes that might help regulate tumour growth

Esses achados levantam muitas questões sobre o papel de outros genes do cromossomo 21 que ajuda a regular o crescimento do tumor.
Dr. Kairbaan Hodivala-Dilke, Um estudioso do câncer de Queen Mary, University of London


Tanto os pacientes com Down quanto os ratos geneticamente modificados tinham quantidades adicionais da proteína DSCR1, e os ratos também eram mais resistentes aos tumores.

Esses dados fornecem um mecanismo para a incidência reduzida de câncer na síndrome de Down. Mas, como o cromossomo humano 21 contém mais de 200 genes, seria surpreendente se o DSCR1 fosse o único gene do cromossomo 21 implicado na supressão de tumores em indivíduos com síndrome de Down.
Escrevaram os pesquisadores envolvidos na pesquisa.

Fonte: Estadão, BBC

A síndrome de Down ao longo da história



O preconceito que existe hoje, boa parte é atribuído a falta de informação e pelo fato de ter existido desde do inicio da síndrome.


Esculturas dos Olmec que viveram no México entre 1500 AC e 300 DC são as primeiras evidências do conhecimento da Síndrome de Down. Após este período é difícil encontrar nas artes algo que sugira o seu conhecimento, até o século XX. Existem controvérsias se algumas pinturas entre os séculos XIV e XVI representam pessoas com Síndrome de Down. Com o conhecimento que temos hoje da sua frequência e de seu fenótipo é difícil acreditar que ela só tenha sido identificada em 1866. É provável que a ausência destas evidências se deva às altas taxas de mortalidade infantil da época.
Coube a John Langdon Down a primeira descrição clínica da Síndrome em 1866.
Influenciado pelo racismo, denominou mongolóides aqueles indivíduos com o grupo de características observadas, nome nunca utilizado na Rússia, território de origem da raça mongol. Lá eles eram chamados de "Down's".
Em face da discordância quanto ao termo, considerado como ofensivo tanto por pesquisadores orientais como por pais de pacientes no ocidente, bem como pela delegação da Mongólia junto à Organização Mundial de Saúde, a denominação mongolismo foi excluída da Revista Lancet em 1964, das publicações da OMS em 1965 e do Index Medicus em 1975. Hoje este termo é considerado arcaico.
Após a descrição de Down começou uma grande controvérsia sobre a etiologia da Síndrome. Ela foi atribuída inicialmente a causas infecciosas como tuberculose e sífilis; os pacientes chegaram a ser considerados "crianças inacabadas". Posteriormente foi atribuída a doenças da tiróide.
A não disjunção cromossómica foi sugerida inicialmente por Waardenburg em 1932. Em 1959, Lejeune e colaboradores demonstraram que se tratava de uma anormalidade cromossómica, identificando a presença do cromossoma extra nos afectados. Em 1960, foram descritos os primeiros casos de translocação por Polani e colaboradores e em 1961, o primeiro caso de mosaicismo. Hoje se sabe que a trissomia da parte distal do braço longo do cromossoma 21 (banda q22) é a responsável pela Síndrome.
A história do tratamento e do prognóstico dos pacientes com Síndrome de Down pode, sucintamente, ser dividida em três grandes períodos:
- Período que antecede a identificação da alteração cromossómica, quando os pacientes eram rejeitados, institucionalizados e mesmo os cuidados básicos de saúde lhes eram, muitas vezes, negados. O auge deste período coincide com a eutanásia, praticada pelos nazistas.
- Com a descoberta da anomalia cromossómica inicia-se uma fase de interesse e pesquisa nas áreas médica e educacional.
- O terceiro período começa com o reconhecimento, nos países desenvolvidos, do direito de toda criança, independentemente de sua capacidade mental.
Começaram a ser instituídos programas educacionais adequados.
Hoje a institucionalização caminha para sua extinção e as pessoas com
Síndrome de Down demonstram muito melhor desempenho quando integradas à família e à sociedade.

 Fonte: http://www.malhatlantica.pt/ecae-cm/Down.htm#13

Acompanhamentos gerais de portadores de síndrome de down



 Acompanhamentos gerais


A correta avaliação do crescimento e desenvolvimento, principalmente nos primeiros anos, permite a detecção de problemas que podem impedir a plena realização do potencial de cada indivíduo.

A avaliação do paciente Down é semelhante ao de todas as crianças. No entanto, como o seu ritmo de crescimento e desenvolvimento é mais lento é necessário atenção para tranquilizar os pais ou não deixar de estimulá-lo quando estiver apto para desenvolver determinada habilidade.

Certifique-se de que está usando curvas e tabelas adequadas para a síndrome.

Evite utilizar as usuais e comparar permitindo um desvio para menos, pois a diferença entre os ritmos não é harmónica nas diversas áreas.

Após os três anos de idade, verifique se a criança está frequentando um programa adequado de estimulação.

  1. AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO
  2. Ao nascer o peso e a estatura costumam ser menores, mas geralmente dentro da normalidade, desde que não haja cardiopatia.
    Apresentam membros mais curtos em relação ao tronco.
    A sua velocidade de crescimento é mais lenta que a das demais crianças e essa diferença se acentua a partir dos 4 anos.
    Existem curvas próprias para avaliar o peso, estatura e perímetro cefálico.
    Lembre-se: mais importante que a avaliação do momento (transversal) é o acompanhamento a longo prazo (avaliação longitudinal).
    Verifique se a criança se mantém dentro do seu canal de crescimento. Se começar a verificar mudanças no mesmo, investigue a presença de alguma patologia, especialmente cardiopatias ou hipotiroidismo.
    Existe uma tendência à obesidade, de leve a moderada. Mesmo com dietas adequadas.
    A estatura final média é menor do que a da população em geral.
    É comum o envelhecimento precoce.
  3. AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
  4. No processo de desenvolvimento destacam-se dois componentes:
    - Sequência: é a ordem em que as habilidades são adquiridas. Por exemplo, primeiro a criança firma o pescoço, depois senta, depois anda.
    - Ritmo: é o tempo que ela gasta para adquirir cada habilidade.
    A sequência do desenvolvimento na Síndrome de Down é a mesma das crianças normais.
    O ritmo é próprio e mais lento e deve ser respeitado.
    À medida que o tempo passa, mais nítida se torna o desfasamento em relação às crianças normais; porém, o desenvolvimento prossegue.
    O importante não é a idade de cada aquisição, mas o desenvolvimento progressivo.
    A tabela de desenvolvimento mostra o ritmo das aquisições de habilidades nos primeiros anos de vida, comparando-o ao ritmo esperado, sendo útil na avaliação do paciente.
    A estimulação permite melhorar o ritmo dos pacientes Down e a maior realização de seu potencial. Ela deve ser feita por especialistas.
    Lembre-se que além do ritmo próprio, mais lento, da síndrome, existe o ritmo de cada indivíduo que é pessoal e também deve ser respeitado.
    Evite fazer previsões do desenvolvimento a longo prazo, principalmente em idades precoces.
    A tabela do desenvolvimento apresentando os principais marcos está disponível. Clique para ver
  5. DESENVOLVIMENTO AOS 5 ANOS

    Em geral, a criança Down aos 5 anos estará andando, correndo e subindo escadas.
    Estará apta a retirar algumas peças de roupa mas precisará de ajuda para se vestir.
    Já controlará esfíncteres durante o dia.
    Alguns falarão bem, mas a maioria falará apenas frases de três palavras.
    Como em qualquer avaliação de desenvolvimento, pode haver um progresso com maior ou menor rapidez.
    É aceitável o atraso em apenas uma ou duas áreas.
  1. DESENVOLVIMENTO AOS 10 ANOS

    Em geral, nesta idade, o paciente estará fazendo progressos nos primeiros anos da escola.

Terá melhor desempenho na leitura que em matemática.

Embora tenha uma tendência maior a fugir das dificuldades, não costuma ter problemas de comportamento diferentes das demais crianças.


fonte: http://www.malhatlantica.pt/ecae-cm/Down.htm#13

Falando de inclusão


 Inclusão

Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem, e portanto possuem necessidades educacionais especiais, em algum ponto durante a sua escolarização. Escolas devem buscar formas de educar tais crianças bem sucedidamente, incluindo aquelas que possuem desvantagens severas. Existe um consenso emergente de que crianças e jovens com N.E.E. devem ser incluídas em arranjos educacionais feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito da Escola Inclusiva. O desafio que confronta a Escola Inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem sucedidamente educar todas as crianças. 
     O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam capazes de promover uma educação de alta qualidade a todas as crianças; o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva. 
     Escolas centradas nas crianças, são além do mais a base de treino para uma sociedade baseada no povo, que respeita tanto as diferenças quanto á dignidade de todos os seres humanos. Uma mudança de perspectiva social é imperativa. Por um tempo demasiadamente longo os problemas das pessoas portadoras de deficiência tem sido composto por uma sociedade que inabilita, sociedade esta que presta atenção aos impedimentos do que aos potenciais de tais pessoas. 
     As estratégias inclusivas não podem se fazer mais na forma discursiva, mas na realização de experiências em que as possibilidades de cada um possam ser manifestadas. 
     “Incluir não é espalhar conhecimentos, mas espalhar sensibilidade para manifestação do outro em nós”. Inclusão requer interação e comunicação e pressupõe mudança de velhas práticas.      A Escola será inclusiva quando conseguir transformar não apenas a rede física, mas a postura, as atitudes e a mentalidade dos educadores e da comunidade escolar para que saibam lidar e conviver naturalmente com as diferenças.
     Na sociedade inclusiva ninguém é bonzinho. Cada cidadão é consciente de sua responsabilidade na construção de um mundo que dê oportunidade para todos. 
     Jovens crescerão convictos de que o relacionamento com pessoas deficientes não é favor mas troca. Nesse ideal de inclusão, felizes as escolas que se propuserem a ser transformadoras, empenhando-se em formar cidadãos mais éticos, capazes de respeitar aqueles que são ou estão diferentes. 
     “Portadores de deficiências querem ser levados à sério. Assumirão sua condição com cada vez mais dignidade; Se nós portadores de diferenças menores permitirmos”. 

Claúdia Werneck.
fonte: http://br.geocities.com/rhaissanet98/pag_inclusao.html