ACOMPANHAMENTO CLÍNICO
NA ADOLESCÊNCIA
- PUBERERDADE E SEXUALIDADE
- ACTIVIDADES DESPORTIVAS
- TRABALHO
- PROBLEMAS CLÍNICOS MAIS FREQUENTES:
INFECÇÕES DE PELE - TENDÊNCIA À OBESIDADE
- PROBLEMAS PSICOLÓGICOS E PSIQUIÁTRICOS
A adolescência é a idade dos desafios. Podemos dizer que hoje também para os pacientes Down isto é verdadeiro. Somos testemunhas em nosso país de uma geração de adolescentes Down que conquista cada vez espaços maiores.
A profissionalização e integração no mercado de trabalho é uma reivindicação de familiares. O médico deve procurar se inteirar do que é possível e existe em seu meio.
No entanto ainda é frequente nesta fase da vida as dificuldades dos pais e profissionais de saúde em lidarem com os mesmos. Tornam-se mais nítidas as diferenças entre as expectativas maternas e paternas e a potencialidade do paciente. Como na população em geral, a adolescência é uma fase onde começam a se manifestar os problemas emocionais e psiquiátricos.
A observação da evolução de possíveis complicações de fases anteriores da vida e a realização de avaliações periódicas são extremamente importantes.
Chamam atenção na adolescência:
A puberdade dos pacientes Down se processa de forma semelhante à dos demais adolescentes.
Os níveis hormonais também obedecem à mesma ordem.
O ciclo menstrual é semelhante ao das adolescentes sadias e geralmente elas são férteis (aproximadamente 50% das pacientes).
Há controvérsias quanto à fertilidade masculina e até hoje existe na literatura apenas um caso de fertilidade no sexo masculino.
Têm sido relatados casos de puberdade precoce e tardia em associação a diversas patologias.
Diante da puberdade precoce deve-se pensar na possibilidade de hipotiroidismo e de doença celíaca na puberdade tardia.
Existem inúmeras questões difíceis e sem respostas nesta área. No entanto, não é correcto negar-lhes a sexualidade.
É importante a convivência com adolescentes do sexo oposto e a permissão para expressão de sua afectividade e sexualidade. A forma como isto acontecerá vai depender do paciente e dos costumes da família.
Deve ser realizado o exame pélvico anual nas adolescentes activas sexualmente.
Deve ser reavaliada a estabilidade da articulação atlanto-axial caso o
paciente deseje participar de actividades desportivas.
Este é um desafio actual. Em todo o mundo desenvolvem-se estudos e esforços para propiciar a integração da pessoa Down no trabalho produtivo.
O estímulo é melhor que o cerceamento. No entanto, deve-se respeitar a potencialidade individual.
Uma avaliação poderá ajudar na definição das condutas em cada caso.
São comuns as infecções de pele por estafilococos e a escabiose. A região perineal, nádegas e coxas são mais frequentemente atingidas.
Continua nesta fase da vida a tendência à obesidade demonstrada desde cedo, mesmo com dietas equilibradas. As actividades desportivas e um rigor maior na qualidade e quantidade de alimentos ajudam no controle.
Como qualquer outro adolescente podem se tornar anti-sociais, tristes e deprimidos. Distúrbios psiquiátricos ou de comportamento com padrões de adulto podem começar na adolescência.
fonte: http://www.malhatlantica.pt/ecae-cm/Down.htm#13
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