- ANOMALIAS CARDIOVASCULARES
- ALTERAÇÕES ENDÓCRINAS
- PROBLEMAS OFTALMOLÓGICOS
- PROBLEMAS OTORRINOLARINGOLÓGICOS
- PROBLEMAS MUSCULOESQUELÉTICOS
- PROBLEMAS IMUNOLÓGICOS
- PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS
A característica mais marcante nesta fase da vida é a tendência ao envelhecimento precoce. Além dos controles periódicos e da observação evolutiva das complicações apresentadas nas fases anteriores, deve-se ter atenção para as seguintes complicações bastante frequentes nesta idade:
- Prolapso de valva mitral.
- Hipotiroidismo.
- Deficiência auditiva.
- Catarata adquirida.
ACOMPANHAMENTO CLÍNICO - AVALIAÇÕES REGULARES
No acompanhamento do paciente Down, além de levar em consideração os aspectos específicos de cada faixa etária é necessário estar atento para algumas complicações que podem ocorrer durante toda sua vida.
As anomalias cardiovasculares são as complicações mais frequentes e representam problemas significativos durante toda a vida.
Pela sua frequência e ameaça à vida, é particularmente importante no período neonatal e infância e por isso foram tratadas em mais detalhes nestes tópicos. No entanto, muitas podem passar assintomáticas durante grande parte da vida e outras surgem com a idade. Neste último caso se encontra o prolapso mitral.
É necessário também estar atento às possíveis complicações das cardiopatias já diagnosticadas e tratadas clínica ou cirurgicamente.
O risco de disfunção da tiróide aumenta com a idade. Aproximadamente 0,7% dos recém-nascidos apresentam hipotiroidismo. Esta percentagem é de 12% entre os adultos.
O hipotiroidismo é tratável com reposição hormonal e seu controle é de extrema importância para o desenvolvimento normal. A detecção precoce do mesmo é essencial e deve ser feita laboratorialmente pois é difícil a identificação precoce dos seus sinais e sintomas que se confundem com alguns dos sinais e sintomas da Síndrome.
O hipertiroidismo é bem mais raro e pode ser tratado através dos métodos convencionais.
Inúmeros problemas oftalmológicos afectam estes pacientes. Os mais significativos são os distúrbios da refracção, principalmente a miopia, o estrabismo e o nistagmo. Mas também são frequentes blefaroconjuntivites, cataratas e ceratoconus.
Como o seu desenvolvimento é lento e necessita de uma estimulação adequada, a atenção aos órgãos dos sentidos, que os põe em contacto com o mundo, é crucial. A negligência nestas áreas pode acarretar um comprometimento muito significativo.
Uma das áreas que merece maior atenção do médico é a protecção do aparelho auditivo. Não só pelas patologias que sediam, mas também pelo papel que a audição representa na aquisição da linguagem, uma das áreas cruciais em seu desenvolvimento.
Diversos problemas contribuem para as dificuldades nesta área. Dentre eles se destacam:
- Orelhas menores.
- Diâmetro reduzido do conduto auditivo externo.
- Infecções respiratórias repetidas e suas sequelas sobre a membrana timpânica e os ossículos do ouvido médio.
- A hipotonia, contribuindo para a disfunção da trompa de Eustáquio.
- Menor comprimento da cóclea.
- Malformações do sistema vestibular.
Embora sejam muito conhecidas as alterações anatómicas dos ossos do quadril, principalmente o acétabulo raso e a frouxidão ligamentar, a principal complicação nesta área é a instabilidade da articulação atlanto-axial (vértebras C1-C2) que pode ter consequências graves.
Este facto deve ser levado em conta ao liberar estes pacientes para actividades desportivas e quando for submetê-los à hiperextensão do pescoço durante actos anestésicos.
As infecções continuam sendo uma importante causa de morte nos indivíduos com Síndrome de Down. Além disso, o risco aumentado para leucemias e doenças auto-imunes sugerem problemas de imunodeficiência nestes pacientes.
As leucemias agudas são as doenças mais comuns em pacientes com menos de 15 anos de idade. A sua idade de início é bimodal, com um pico no período neonatal e outro entre os 3 e 6 anos.
Além disso, os recém-nascidos podem apresentar reacção leucemóide transitória ou leucemia transitória que costumam desaparecer entre um e três meses de idade.
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